Seu respirar ficou difícil. Desviou para longe o seu olhar. Seu coração arrítmico o torturava. Nunca foi tão humilhado injustamente.
Meus sonhos reviram-se dentro de mim, alguns gritando outros brigando. Não encontro o fim para descansar, passa o tempo e não concretizo-os.
Uma luz brilha distante de mim, a vejo tão bela e solitária pois a escuridão não a quis mais, na minha direção se aproxima, assim como a escuridão absoluta.
Apaixonei-me pelas duas inimigas, ambas por causa da escuridão me chamam mas, eu por causa da solidão fugi. Não quero magoar as duas, mas também não quero perdê-las.
A penumbra das duas amadas aquece e permeia a alma do escolhido. Queria não sê-lo, entretanto sou.
No deslize de um olhar pude ver seu sorriso. Meus pensamentos fugiram depressa, deixando um espaço só seu. E de lá vem um doce sussurro, como uma suave brisa tocando meus ouvidos, dizendo que não há mais o que temer que agora o que estava vazio se completou.
No deslize de meu olhar encontrei você.
Por (Nelson P. Filho)
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