quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pensamentos ociosamente poéticos III

   Com passos contados caminho até o princípio do fim, rindo observam-me os que tentam me esquecer.

   Seu respirar ficou difícil. Desviou para longe o seu olhar. Seu coração arrítmico o torturava. Nunca foi tão humilhado injustamente.

   Meus sonhos reviram-se dentro de mim, alguns gritando outros brigando. Não encontro o fim para descansar, passa o tempo e não concretizo-os.

   Uma luz brilha distante de mim, a vejo tão bela e solitária pois a escuridão não a quis mais, na minha direção se aproxima, assim como a escuridão absoluta.
   Apaixonei-me pelas duas inimigas, ambas por causa da escuridão me chamam mas, eu por causa da solidão fugi. Não quero magoar as duas, mas também não quero perdê-las.

   A penumbra das duas amadas aquece e permeia a alma do escolhido. Queria não sê-lo, entretanto sou.

   No deslize de um olhar pude ver seu sorriso. Meus pensamentos fugiram depressa, deixando um espaço só seu. E de lá vem um doce sussurro, como uma suave brisa tocando meus ouvidos, dizendo que não há mais o que temer que agora o que estava vazio se completou.
   No deslize de meu olhar encontrei você.

Por (Nelson P. Filho)

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